sábado, 28 de novembro de 2009

O Gestar II marcou nossas vidas!



Saudades
Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...

Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...

Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...

Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...

Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!

Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!

Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!

Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.

Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...

Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!

Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!

Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,

Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.

Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.

Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.

Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.

E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...

Clarice Lispector

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Oficinas 1 e 2 da TP1


"A Língua é ou faz parte do aparelho ideológico,comunicativo e estético da sociedade que a própria língua define e individualiza."(Leonor Buescu)


No dia 21/11/2009, nos reunimos para a realização das oficinas 1 e 2 da TP1 que aborda aspectos relacionados a linguagem e cultura.
Iniciamos com o slide "Palavras Mágicas" de Letícia Thompson que ressalta o poder das palavras dentro de diversificados contextos.
Em seguida passamos ao estudo do "Ampliando nossas referências das páginas 44 a 47("Variações de registros" de Traváglia),onde discutimos o fato de a Língua ser um sistema aberto que possibilita uma grande variedade de usos.
Passamos aos relatos de experiência, onde a maioria das cursistas disseram haver trabalhado o avançando da página 17(leitura dramatizada dos textos:Retrato de velho,Ciúme e Conta de novo a história da noite em que nasci".A cursista Izercina relatou que seus alunos só peceberam que no texto "Conta de novo a história da noite em que nasci" a criança havia sido adotada pelo casal após a leitura dramatizada.Daí ocorreram várias leituras de inferência onde alguns disseram que os pais não dava atenção a criança porque se tratava de uma adoção e vários outros argumentos surgiram até que chegaram a conclusão de que os pais já haviam repetido tantas vezes a história que a criança acabou decorando.
Após esse momento fizemos a leitura e discutimos os temas:"Variação e normas,Variedades do Português,Empréstimos linguísticos,Língua falada e língua escrita e Modalidades de uso e registros linguísticos" presentes no slide
" Variedades Linguísticas" de Helena Pabst.chegamos a conclusão de que, quanto mais opções o sujeito tiver de uso da língua,mais ele vai poder atuar na sua comunidade e se desenvolver como cidadão.Demos ênfase ao preconceito linguístico como uma forma de discriminação que deve ser enfaticamente combatida.
Trabalhei com os cursistas o texto "Puculando",onde cada dupla deveria reescrevê-lo utilizando outra variante.Foi uma atividade muito rica e prazerosa,pois o texto é muito engraçado.Demos uma pausa para o almoço retomamos nossas atividades as 14:00h.

Iniciamos a oficina 2 com os seguintes questionamentos:
*O que é um texto?
*O que é intertextualidade?
Pude verificar, através das respostas obtidas, que muitos dos cursistas estavam inteirados sobre o assunto.Mas,diante da dificuldade de três dos cursistas resolvi falar mais sobre o assunto citando exemplos bem próximo de nossa realidade.
Passamos a leitura e reflexão do "Ampliando nossas referências" das páginas 123 e 124" História de um conceito" de Graça Paulino, onde pudemos concluir que a linguagem existe a serviço da comunicação e possui função de mediação nas práticas sociais;e que textos não são,somente, aquelas composições tradicionais trabalhadas na escola e sim algo que produzimos diariamente, em todos os momentos em que nos comunicamos, tanto na forma escrita como oral.
Iniciamos os relatos de experiências onde a cursista Neidimar relatou haver trabalhado, com seu alunos de 9ºano,o "Hino Nacional das Propagandas" que faz alusão ao "Hino Nacional Brasileiro".A cursista Marinez trabalhou a imagem de Mona Lisa e suas diversificadas alusões.
Em seguida passei um slide sobre intertextualidade que mostrava vários exemplos. Discutimos o assunto e passamos a atividade de criação onde pedi que os cursistas, em duplas,elaborassem paródias com o tema "As aulas do Gestar".
Após esse momento,lemos e refletimos o texto "Quem não escreve bem perde o trem",onde discutimos que escrever bem é exibicionismo, é simplesmente uma forma de nos encaixarmos em um grupo e com isso fazer parte de um sistema para que não isolemos do meio social.Devemos sempre estar atentos a alguns elementos que são essenciais na comunicação escrita.
Finalizamos nossa oficina com o slide "Ler" de Luiz Fernando Veríssimo.
Adriana Aurora Galvão Alencar

sábado, 21 de novembro de 2009

Projetos


Projeto "Roda de Leitura"





Projeto "O tempo individual e coletivo"


Projeto "Sarau de poesias"


Culminância "Sarau de poesias"

Projetos dos cursistas




" Os educadores experientes não são aqueles que estimulam a transpor as barreiras exteriores, mas os obstáculos secretos. Não são aqueles que transformam seus filhos e alunos em depósito de informações mas os que estimulam seu apetite intelectual e os animam a digerir informações". ( Augusto Cury )



Projetos que estão sendo desenvolvidos:


  • O tempo individual e o tempo coletivo (Escola Municipal Padre Ricardo Tristcheler)

  • Roda de Leitura (Escola Municipal Jovino Lopes da Silva)

  • Sarau de Poesias (Escola Municipal Peter Pan)
  • Banca de revista na Escola (Será desenvolvido em 2010 e englobará toda a rede Municipal de Ensino)

Todos os projetos estão sendo realizados de forma interdisciplinar e com o envolvimento da comunidade(pais de alunos) nas culminâncias.Dentre os listados acima, apenas o sarau de poesias foi culminado até a presente data.O projeto " Banca de Revista na Escola" foi incluido no PDE e será desenvolvido no próximo ano.


Resumo dos Projetos em Geral

Apresentação

Como professores , não podemos desprezar os recursos que a leitura subsidis no exercício da aprendizagem, acerca da diversificação das estratégias de ensino, em convergência com os interesses dos alunos. Estes projetos visam contribuir nesse processo, na poerspectiva de fornecer elementos de escolha que atendam os diferentes níveis de aprendizagem , pertinentes às séries finais do ensino fundamental.

Para garantir a interdisciplinaridade e a relação entre conteúdos,propomos a participação ativa de todos os profissionais das escolas.Assim todos contribuirão com idéias e ações que partam da leitura e extrapolem em seus significados.

Objetivos


  • Ampliar a percepção de mundo, resultante da leitura

  • Despertar a criatividade
  • Desenvolver a conscientização de participação na sociedade, a partir de olhares críticos e atuantes

  • Conhecer, ler e produzir diversificados gêneros textuais para exposições e dramatizações

  • Favorecer iniciativas individuais e coletivas, acolhendo idéias e possibilitando que elas sejam colocadas em prática
  • Promover a participação ativa dos pais na vida escolar de seus filhos

  • Favorecer o intercâmbio escola-comunidade

Avaliação

Os educandos serão avaliados durante todo o processo de ensino aprendizagem.Através da produção e participação ativa dos mesmos.

















sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Oficina de Avaliação do Gestar II em Manga-MG

GESTAR II em Manga-MG

"Projetista fazem canais,

Aqueiros airam flexas,

Artífices modelam a madeira e o barro,

O homem sábio modela-se a sí mesmo."

Buda Gautama Sakyamuni


Hoje pela manhã nos reunimos para a realizaçao da oficina de avaliação.Foi muito gratificante ver que existem muitas pessoas que se empenham em tranformar a educação visando levar o aluno ao pleno exercício de cidadania.
Não contamos com uma frequência muito satisfatória, pois nas escolas da rede estadual os professores estão reunidos para elaboração do PIP(Plano de Intervenção Pedagógica) e a maioria dos professores cursistas também atuam na rede estadual.

Iniciamos nossa oficina com o slide "E tudo mudou" de Luiz Fernando Veríssimo, que revela a diversidade de tranformsções ocorridas em nosso meio que nem sempre são notadas pela sociedade dando ênfase a mudança de "professor" para "facilitador".

Relembramos os objetivos dos cursos de formação continuada, em especial o Gestar II e iniciamos uma avaliação, escrita, das TPs estudadas e posteriormente uma auto-avaliação onde fiz questão de salientar a necessidade de serem autênticos e realistas.

Pude então perceber que o Gestar II está, verdadeiramente, inovando as práticas pedagógicas e certamente contribuirá para alicerçar lentas, mas duradouras transformações na Educação.

Finalizamos nosso encontro com a música de Leninne "Paciência".Fizemos uma breve reflexão sobre a necessidade de sermos pacientes e perseverantes uma vez que os frutos do nosso trabalho são colhidos a longo prazo.

Adriana Aurora Galvão Alencar

domingo, 15 de novembro de 2009

Oficina 10-Unidades 19 e 20 da TP5




A palavra que é escrita




Talvez seja a que mais fala




Traduz o que o peito grita




Sempre que a boca se cala




Miriam P. Carvalho




Iniciamos nossa oficina as 14h com a mensagem "Avance Sempre", Autor Desconhecido, onde refletimos sobre a necessidade de jamais "pararmos" pois , por menor que seja,um avanço na direção certa já é um progresso.

Após esse momento fizemos a leitura e discussão do trecho do livro "A coesão textual" de Ingedore G.V.Koch, onde pudemos perceber a necessidade ,como professores, de mostrar aos nossos alunos os mecanismos de funcionamento de coesão e coerência para que saibam empregar adequadamente cada mecanismo não só para depreender o sentido de um texto como para produzir textos com sentido, estabelecendo uma continuidade entre as partes,de modo a instaurar entre elas uma unidade.Mostrá-los também que a coersão pode auxiliar no estabelecimento da coerência,embora,às vezes,a coesão nem sempre se manifeste explicitamente através de marcas linguísticas, o que faz concluir que pode haver textos coerêntes mesmo que não tenham coesão explicita.
Passamos então para o relato de experiências.Como a frequência na ultima oficina não foi satisfatória,precebí que alguns cursistas estavam meio perdidos,acredito que os "faltosos " nem leram as unidades anteriores da TP.Como não podia deixá-los para trás, fiz uma breve apresentação das unidades anteriores e depois demos continuidade as atividades. A cursista, Elba, relatou que seus alunos tiveram muita dificuldade com o avançando da página 196, que propõe a reconstrução do texto em uma sequência lógica. Sugerí que ela iniciasse com textos menores e que trabalhasse a relação entre as partes de forma detalhada.
Resolvemos, oralmente, algumas atividades da AAA5 onde os cursistas puderam perceber a riqueza de sugestões de atividades em busca de uma aprendizagem significativa.
O cursista,Ednaldo, relatou ter ficado muito surpreso e satisfeito quando seus alunos do 8º ano conseguiram ordenar corretamente as idéias do texto" Uma história sem pé nem cabeça"(AAA5-p.105).Claro que,como estamos cansados de saber, nossos alunos tem muita preguiça em ler.Mas existem algumas palavrinhas mágicas que , rapidinho os tranformam em leitores assíduos.São elas: Vale Ponto...rsrs
Passamos então a atividade prática de elaboração do texto publicitário. Levei diversificadas imagens e pedi que os cursistas mobilizassem seus conhecimentos linguísticos e experiências de forma criativa na elaboração dos textos.Fizemos uma breve análise de alguns textos publicitários enfatizando as articulações,elementos verbais,visuais e negativas.

Após apresentação dos grupos encerramos com o slide "Duas visões" que revela mistérios e apresenta a dicotomia entre os olhos e do olhar humano.Marcamos nossa oficina de avaliação para o dia 21/11.
Adriana A. Galvão Alencar

sábado, 14 de novembro de 2009

Oficina Livre -Seminário "Escola Inclusiva"-Formação da Rede de Apoio a Inclusão

Cronograma de apresentação do Seminário





"Ser humano é entender:
Que a diversidade leva a Unidade,
Que a Unidade leva a Solidariedade,
Que a solidariedade leva a Igualdade,
Que a Igualdade leva a Liberdade.
Que a Liberdade leva a Diversidade
."
Artur George Bourdouan



Participamos de um Seminário que aconteceu na Escola Estadual Presidente Olegário Maciel com o objetivo de organizar, em cada município do Estado, escolas públicas para atender adequadamente os alunos com deficiências e condutas típicas, promovendo ações de capacitação dos professores, acessibilidade arquitetônica e tecnológica nas escolas e formação de uma rede de apoio à inclusão.

Nessa perspectiva, a proposta do governo para a educação prevê uma escola na qual todos façam parte, independentemente de seu talento, deficiência, situação socioeconômica ou nível cultural.

O Seminário teve início as 7:30 h quando a Diretora representante da SRE de Januária fez a abertura, posteriormente,foi lida uma mensagem de Flo Johnasen do "Wolf News".Após esse momento aconteceu uma apresentação organizada pelos professores de Educação Física seguida pela fala da Representante do CONSEP que, após sua esplanação,promoveu um longo debate sobre o tema.

Ao final, pudemos perceber que através da inclusão social e escolar a educação se amplia, acreditando nas diferentes possibilidades e nos diferentes caminhos para a aprendizagem,possibilitando a convivência e o reconhecimento do outro em suas múltiplas dimensões e assumindo a importância das definições e diretrizes para a evolução dos trabalhos escolares.
Adriana A Galvão Alencar

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Implicações da Questão da Variação Linguística para a prática pedagógica


A variação é constitutiva das linguas humanas, ocorrendo em todos os níveis.Ela sempre existiu e sempre existirá, independentemente de qualquer ação normativa.Assim,quando se fala em Língua Portuguesa,está-se falando de uma unidade que se constitui de muitas variedades.Embora,no Brasil haja relativa unidade linguística e apenas uma língua nacional,notam-se diferenças de pronuncia,de emprego de palavras,de morfologia e de construções sintáticas,as quais não somente identificam os falantes de comunidades linguísticas em diferentes regiões,como ainda se multiplicam em uma mesma comunidade de fala.Não existem,portanto,variedades fixas:em um mesmo espaço social convivem mescladas diferentes variedades linguísticas,geralmente associadas a diferentes valores sociais.Mais ainda, em uma sociedade como a brasileira, marcada por intensa movimentação de pessoas e de intercâmbio cultural constante, o que se identifica é o intenso fenômeno de mescla linguística.


O uso de uma ou outra forma de expressão depende, sobretudo, de fatores geográficos,socioeconômicos, de faixa etária, de gênero(sexo),da relação estabelecida entre os falantes e do contexto da fala.A imagem de uma língua única, mais próxima da modalidade escrita da linguagem, subjacente às prescrições normativas da gramática escolar, dos manuais e mesmo dos programas de difusão da mídia sobre o que se deve e o que não se deve falar e escrever, não se sustenta na análise empírica dos usos da língua.


E isso por duas razões básicas.


Em primeiro lugar, está o fato de que ninguém escreve como fala, ainda que em certas circusnstâncias se possa falar um texto previamente escrito( é o que ocorre, por exemplo, no caso de uma conferência,de um discurso formal, dos telejornais) ou mesmo falar tendo por referência padrões próprios da escrita, como em uma exposição de um tema para auditório desconhecido, em uma entrevista, em uma solicitação de serviço junto a pessoas estranhas. Há casos ainda em que a fala ganha contornos ritualizados, como nas cerimônias religiosas, comunicados formais, casamentos, velórios,etc.No dia-a-dia, contudo, a organização da fala,incluindo a escolha de palavras e a organização sintática do discurso, segue padrões significativamente diferentes daqueles que se usam na produção de textos escritos.


Em segundo lugar, está o fato de que, nas sociedades letradas(aquelas que usam intensamente a escrita),há a tendência de tomarem-se as regras estabelecidas para o sistema de escrita como padões de correção de todas as formas linguísticas. Esse fenômeno, que tem na gramática tradicional sua maior espressão, muitas vezes faz com que se confunda falar apropriadamente à situação com falar segundo as regras de bem dizer e escrever, o que, por sua vez, faz com que se aceite a idéia despropositada de que ninguém fala corretamente no Brasil e que se insista em ensinar padrões gramaticais anacrônicos e artificiais.


Tomar a lingua escrita e o que se tem chamado de lingua padrão como objetos privilegiados de ensino-aprendizagem na escola se justifica, na medida em que não faz sentido propor aos alunos que aprendam o que já sabem. Afinal, a aula deve ser o espaço privilegiado de desenvolvimento de capacidades intelectuais e linguística dos alunos, oferecendo-lhes comdições de desenvolvimento de sua competência discursiva.Isso significa aprender a manipular textos escritos variados e adequar o registro oral às situações interlocutivas, o que, em certas circunstâncias, implica usar padrões mais próximos da excrita.


Contudo, não se deve mais insistir na idéia de que o modelo de correção estabelecido pela gramática tradicional seja o nível padrão de lingua ou que corresponda à variedade linguística de prestígio.Há, isso sim, muito preconceito decorrente do valor atribuído às variedades padrão e ao estigma associado às variedades não-padrão, consideradas inferiores ou erradas pela gramática.Essas diferenças não são imediatamente reconhecidas e, quando são, não são objetos de avaliação negativa.


Para cumprir bem a funçao de ensinar a escrita e a lingua padrão, a escola precisa livrar-se de vários mitos: o de que existe uma forma correta de falar, o de que a fala de uma região é melhor do que a de a de outras, o de que a fala correta é a que o português é uma língua dificil, o de que é preciso consertar a fala do aluno para evitar que ele escreva errado.


Essas crenças insustentáveis produziram uma prática de mutilação cultural que,além de desvalorizar a fala que identifica o aluno e sua comunidade, como se esta fosse formada de incapazes, denota desconhecimento de que a escrita de uma língua não corresponde a nenhuma de suas variedades, por mais prestígio que uma delas possa ter. Ainda se ignora um princípio elementar relativo ao desenvolvimento da linguagem: O domínio de outras modalidades de fala e dos padrões de escrita( e mesmo de outras línguas) não se faz substituição, mas por extensão da competência linguística e pela construção ativa de subsistemas gramaticais sobre o sistema já adquirido.


No ensino-aprendizagem de diferentes padrões de falça e de escrita, o que se almeja não é levar os alunos a falar certo, mas permiti-lhes a escolha da forma de fala a utilizar, considerando as características e as condições do contexto de produção, ou seja, é saber adequar os recursos expressivos, a variedade de língua e o estilo às diferentes situações comunicativas:saber coordenar satisfatoriamente o que fala ou escreve e como fazê-lo;saber que modo de expressão é pertinente em função de sua intenção enunciativa - dado o contexto e os interlocutores a quem o texto se dirige. A questão não é de erro, mas de adequação às circunstâncias de uso, de utilização adequada da linguagem.


MEC.Secretaria de Educação Fundamental.Parâmetros Curriculares Nacionais:terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental:lingua portuguesa.Brasília:SEF/MEC,1997,p.29-31.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Visita às escolas...!

Biografias dos alunos (6º ano,CAIC)

Alunos dos cursistas(EMJN)



Atividades da AAA5,brincando com sons,(7º ano CAIC)



Apresentação de histórias em quadrinhos criadas pelos alunos do 8º ano



" O que a vida ensina por meio da experimentação e livre reflexão, a escola tem a oportunidade de organizar e sistematizar, tornando essas experiências conhecimento e instrumento do bem viver."






sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Direito de Sonhar...( ou de fazer diferente)


Sonhemos!!
Esse sonho será real;
Se acreditarmos que se pode sonhar,
Se sonharmos sempre em cescer
E, principalmente, se sonharmos juntos
intrinsicamente ligados,unidos.

Um sonho, dois,três, quatro mil, milhões de sonhos...
Mas os tornaremos realidade um de cada vez
-a seu tempo
-no seu lugar
Com participação, com trabalho,
Com responsabilidade, com clareza de princípios,
Com vontade de transformar, de preferência procurando sempre acertar, e sobretudo com excesso
compartilhar.
Com preço que podemos pagar e ganhar e continuar a sonhar e mudar
Se embriagar de sonhos
Se nadar em sonhos
Se afogar em sonhos
Se transbordar em sonhos,
Se educar em sonhos
E torná-los um a um,coletivamente,realidades!!


Profª Maria de Lourdes F. da Silva Duarte