sábado, 12 de dezembro de 2009

Aulas de Voo




O conhecimento

Caminha lento feito lagarta

Primeiro não sabe que sabe

E voraz contenta-se com o cotidiano

orvalho

Deixado nas folhas vívidas das manhãs




Depois pensa que sabe

E se fecha em sí mesmo:

Faz muralhas

Cava trincheiras,

Ergue barricadas.

Defendendo o que pensa saber

Levanta certeza na forma de muro

Orgulha-se de ser casulo.






Até que maduro

Explode em Voos

Rindo do tempo que imaginava saber

Ou guardava preso o que sabia.

Voa alto sua ousadia

Reconhecendo o suor dos séculos
No orvalho de cada dia.




Mesmo o voo mais belo

Descobre um dia não ser eterno.

É tempo de acasalar

Voltar à terra com seus ovos

Á espera de novas e prosaicas lagartas.




O conhecimento é assim

Rí de si mesmo

E de suas certezas.

É meta de forma

Metamorfose
Movimento

Fluir do tempo

Que tanto cria como arrasa

É preciso tanto o casulo

Como a asa.


Mauro Lasi









Oficina de Avaliação

Música para massagear o Ego

Obrigada a todos os colegas e companheiros cursistas
" A análise do auto conhecimento muitas vezes nos leva a pensar em mudar,
nesse momento:
Os sábios agem...
e os tolos acomodam."

Erika Braga


Iniciamos nossa oficina com o slide "A bagagem" de um Autor Desconhecido, onde refletimos a necessidade de,sempre,verificarmos nossa bagagem e excluir os sentimentos que a deixa cada vez mais pesada.Rever os nossos conceitos e buscar inovações afinal de contas a vida é uma escola onde sua pedagogia é alicerçada em aulas práticas.
Após esse momento passamos a auto avaliação dos cursistas, onde cada cursista recebeu um roteiro para que respondessem e ao final socializamos as respostas.
Pude perceber,através dos relatos que muitos cursistas estão engajados na inovadora metodologia do Gestar, porém alguns "piruás" apenas vestiram a camisa temporariamente.
Percebí que o Gestar veio para sanar uma carência educacional, onde o aluno estuda por muitos anos e ao deixar os bancos escolares se deparam com a sensação de despreparo para com a vida em sociedade.Através de pedagogias inovadoras e democráticas, o Gestar inicia um longo processo de mudanças na educação e desperta em nós,educadores,um olhar diferente que nos norteará em busca de práticas que levem nossos alunos a fazerem o efetivo uso da linguagem como instrumento de comunicação e consigam, através da mesma,expressar seu pensamento interagindo diante das diversas situações vividas no seu dia-a-dia.
Nosso principal objetivo é construir uma concepção de saber que vislumbre a multiplicidade;um currículo e uma escola nos quais nossos alunos possam dominar as diferentes ferramentas que permitam seu acesso aos saberes possibilitados por esse mundo, e possam aprender a relacionar-se com os outros e com o mundo em liberdade.
Finalizamos nossos encontros com a dinâmica "Construindo uma Escola" e com a sensação de missão "Comprida" pois nosso caminho é muito longo até que possamos "cumprir" nossa tarefa de tranformadores da educação
.
Adriana Aurora Galvão Alencar

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Oficinas 11 e 12 da TP6


"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas,


que já tem a forma do nosso corpo,


e esquecer os nossos caminhos,


que nos levam sempre aos mesmos lugares.


É tempo da travessia:


e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado,para sempre,


à margem de nós mesmos."


Fernando Pessoa








Iniciamos nossa última oficina no dia 05/12/2009 com o slide"O menino, a avó e o lápis" de um Autor desconhecido.Uma linda mensagem que nos estimula a deixar sempre nossas marcas, como um lápis.

Após esse momento passamos ao estudo, mais detalhado da TP6.

Apresentei aos cursistas o slide "A arte de Argumentar" de Antônio Suarez Abreu, onde pudemos refletir, discutir e identificar características argumentativas em diferentes gêneros textuais, para demonstrar que a argumentação é um ato inerente à língua, independente do suporte que a mesma se utiliza, e que o ato de argumentar deve ser trabalhado em sala de aula através de propostas a serem desenvolvidas com atividades de leitura, oralidade e escrita para ampliar a capacidade argumentativa dos alunos.Capacidade, esta, que deve ser desenvolvida desde cedo, não só para que saibam defender seus pontos de vista, mas também para conseguirem reconhecer a validade dos argumentos diariamente por outras pessoas e não aceitarem simplesmente porque a fala do outro é atraente e envolvente.

Distribui os textos: "30 anos" de Affonso Romeno de Sant'Anna; "Professor não é coitado" de Gustavo Ioschpe; "Remédios são venenos" de Fernando Travi; "intenções por traz das palavras" de Stephen Kanitz e "Tempos difíceis" de Racionais MCs, para que os cursistas identificassem as marcas argumentativas em suas organizações e , posteriormente,fizessem a análise dos diferentes tipos argumentativos que os sustentavam.Foi um momento muito rico da oficina, onde pudemos trocar ideias e compartilhar diversificados pontos de vista.

Passamos a discussão sobre a importância do planejamento na produção textual.Trabalhei a dinâmica " Preparando uma viagem",onde cada cursista deveria planejar uma viagem a qualquer lugar, fazendo um levantamento geral de gastos e efetivação da mesma.Ao final fizemos a socialização e possíveis alterações coletivas.

Iniciamos os relatos de experiências, onde os cursistas relataram haver aplicado o avançando da p.91 onde os alunos listaram fatos importantes em suas vidas e ,posteriormente ,criaram textos narrativos sobre os mesmos.Claro que as dificuldades existiram,resistência,ortografia,incoerência etc; mas nada que um acompanhamento individualizado não resolvesse.Pudemos perceber, através de alguns textos, selecionados pelos cursistas, a carência afetiva e social no contexto de grande parte dos alunos,o que, certamente, interfere negativamente na aprendizagem.

Fizemos uma pausa para o almoço e para o sorteio do amigo oculto.

Retomamos nossas atividades com a dinâmica dos livros.Os cursistas foram divididos em duplas para que apresentassem a leitura de um livro de diversas formas(chorando,gargalhando,soluçando,gritando etc).Os cursistas amaram a dinâmica e pudemos analisar o quanto é fácil motivar nossas aulas.

Após esse momento trabalhei com os cursistas o texto "tabagismo passivo" para que fizessem uma revisão coletiva utilizando e refletindo o roteiro abaixo.


  • Procedimentos diferenciados utilizados para a elaboração do texto:

a)Foi estabelecido um tema?

b)Houve levantamento de ideias e dados?

c)Houve planejamento?

d)Foram feitos rascunhos?

e)Qual a qualidade de apresentação visual da versão final?



  • Redação de textos considerando suas condições de produção:

a)Qual é o gênero do texto?

b)O texto atingiu sua finalidade?

c)Quem foi o interlocutor eleito?

d)Quais os lugares onde esse texto vai circular ou pode circular?


  • Marcas de segmentação utilizados com base no gênero textual.Avaliação da correta utilização de:

a)Titulo e subtitulo;

b)Paragrafação;

c)Pontuação e outros sinais gráficos;


  • A letra está legível?

  • Os mecanismos de coerência e coesão textuais são utilizados, conforme o gênero e os propósitos do texto:

a)As partes do texto encontram-se ordenadas de forma a garantir a compreensão do texto?

b)Foram selecionadas palavras adequadas ao tema?

Finalizamos nossa oficina com o slide"Violino", uma linda mensagem de motivação que nos incentiva a exercer o nosso talento, buscando a perfeição, ainda que só nos reste "uma corda",essa será a nossa persistência.E terminamos com a seguinte frase:


"Vitória é a arte de você continuar onde os outros resolvem parar."


Adriana Aurora Galvão Alencar









sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Oficinas 3 e 4 da TP2

Exposição de artesanato das escolas Municipais



" Haverá muito o que mudar, antes que o ensino de Português possa ser o que deve - um processo no qual o professor e os alunos entre sí, se enriquecem reciprocamente, compartilhando sua experiência vivida de língua(...). Mas a mudança virá daqueles que vivem o ensino, não daqueles que especulam sobre ele.De dentro."

Ilari(1985)



No dia 28/11/2009 realizamos as oficinas 3 e 4, referentes as unidades 5,6,7 e 8 da TP2.

Iniciamos a oficina 3, que trata da gramática e seus vários sentidos ,bem como a frase e sua organização, com o slide "O gigolô das palavras", de Luiz fernando Veríssimo onde refletimos sobre o ensino da gramática em nossas escolas.

Através das discussões pude perceber a grande dificuldade dos cursistas em trabalhar a gramática de forma contextualizada, mas é esse o nosso desafio: Transformar a nossa prática com o objetivo de levar o nosso aluno a questionar e interferir na realidade.

Na verdade a gramática tradicional tem sido privilegiada e enfocada sempre como uma obra acabada, sem consideração para o que tenha representado em termos de esforço de pensamento. as aulas de Língua Portuguesa tem sido sinônimo de aula de gramática. É muito comum escutarmos de um aluno que não gosta de Português,quando na verdade eles querem dizer que não gostam do modo como lhes é passado o conteúdo da matéria; quase sempre através de regras, exercícios descontextualizados de uma estrutura que ele só vê nos livros, nunca no dia-a-dia. Como não não gostar da " língua" que ele fala cotidianamente, com qual se comunica , lê e pensa?

Após uma longa discussão ouvimos e analisamos a letra da música "Estudo Errado" de Gabriel Pensador.Muitos dos cursistas relataram se viram ora como alunos(tendo que decorar),ora como professores(cobrando a decoreba dos alunos) e chegamos a conclusão que uma boa aula de gramática será aquela em que o sujeito não se torna objeto; em que nós não precisamos nos sujeitar aos bons conselhos e, também muitas vezes, aos caprichos da gramática para comunicar, com toda a riqueza expressiva do idioma, nossas idéias e sentimentos.Aquilo que o aluno sabe reflete a gramática internalizada; a comparação sem preconceito das formas possíveis de serem produzidas é tarefa da gramática descritiva; e a explicitação da aceitabilidade ou rejeição de tais formas, bem como o domínio da adequação de uso dessas formas na escrita é tarefa da gramática normativa.

Em seguida iniciamos os relatos das atividades aplicadas pelos cursistas.Muitos deles relataram que, devido o período de avaliação e recuperação, não tiveram tempo de aplicar nenhum avançando, porém trabalharam algumas atividades da AAA2.Três dos cursistas aplicaram o avançando da página 56 que propunha a produção de textos a partir de imagens.Utilizaram-se de imagens antigas de nossa cidade, onde os alunos puderam comparar e produzir textos, predominantemente, descritivos.Onde puderam perceber as possibilidades de trabalho em análise linguística dentro de textos produzidos pelos alunos.

Finalizamos a oficina 3 com o slide "Aprendi com minha mãe", onde nos divertimos bastante, pois a cada apresentação, nos víamos ali, como atores principais daquelas situações.Fizemos uma breve discussão da forma como a escola, mesmo diante de tal situação, ainda considera que a criança chega até a sala de aula como um papel em branco.Descartando e substimando o que a vida em sociedade a ensina.


"A língua... é uma ponte que te permite atravessar com segurança de um lugar para outro."
Arnold Wesker


Iniciamos a oficina 4, que trata da arte suas formas e função, bem como a análise literária, com o slide "Trem das cores" de Caetano Veloso, onde refletimos como a arte está tão presente em nosso cotidiano que, muitas vezes, nem percebemos sua beleza e importância.Chegamos a concluir que o personagem é um passageiro de trem que observa e admira a vida utilizando-se de linguagem conotativa e elementos figurados para expor seus sentimentos.
Após esse momento os cursistas foram divididos em duplas para que refletissem sobre as formas de arte que tem contatos diários e nem se davam conta até o estudo desta unidade da TP.Posteriormente fizemos uma roda de conversa, onde cada dupla apresentou suas observações.
Foi uma discussão muito proveitosa onde pudemos perceber que o gosto e a sensibilidade de apreciar a arte variam de pessoa para pessoa, de região, de sociedade, de época. Assim, as manifestações artísticas trazem a marca do tempo, do lugar e dos artistas que a criaram, pois refletem esta variação no conceito de beleza e na função do objeto artístico. Onde, o artista pode se manifestar de diversas formas: pelo som, pela linguagem verbal, oral ou escrita, pela imagem visual ou pela linguagem corporal, ou ainda, pela mistura de várias linguagens.
Os cursistas trabalharam o avançando da p.118(poema Serão de Junho)com leitura, ilustração e escrita em turmas de 8º ano, pois segundo eles não conseguiriam trabalhar em turmas de 6º ano devido a maturidade.
Passamos a atividade de interpretação da charge de Quino, onde houveram interpretações bem diversas, porém, em todas, pude perceber que chegaram à mesma conclusão quanto relataram se tratar da desigualdade social em relação a patrão e empregado.Os bilhetes produzidos ficaram ótimos e bem irônicos.
Finalizamos nossa oficina com o slide "Figuras de Linguagem" de João Amálio Ribas, onde visualizamos diversificados trechos de músicas e identificamos aspectos semânticos, sintáticos e fonéticos utilizados pelos compositores.

Adriana Aurora Galvão Alencar

sábado, 28 de novembro de 2009

O Gestar II marcou nossas vidas!



Saudades
Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...

Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...

Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...

Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...

Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!

Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!

Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!

Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.

Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...

Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!

Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!

Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,

Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.

Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.

Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.

Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.

E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...

Clarice Lispector

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Oficinas 1 e 2 da TP1


"A Língua é ou faz parte do aparelho ideológico,comunicativo e estético da sociedade que a própria língua define e individualiza."(Leonor Buescu)


No dia 21/11/2009, nos reunimos para a realização das oficinas 1 e 2 da TP1 que aborda aspectos relacionados a linguagem e cultura.
Iniciamos com o slide "Palavras Mágicas" de Letícia Thompson que ressalta o poder das palavras dentro de diversificados contextos.
Em seguida passamos ao estudo do "Ampliando nossas referências das páginas 44 a 47("Variações de registros" de Traváglia),onde discutimos o fato de a Língua ser um sistema aberto que possibilita uma grande variedade de usos.
Passamos aos relatos de experiência, onde a maioria das cursistas disseram haver trabalhado o avançando da página 17(leitura dramatizada dos textos:Retrato de velho,Ciúme e Conta de novo a história da noite em que nasci".A cursista Izercina relatou que seus alunos só peceberam que no texto "Conta de novo a história da noite em que nasci" a criança havia sido adotada pelo casal após a leitura dramatizada.Daí ocorreram várias leituras de inferência onde alguns disseram que os pais não dava atenção a criança porque se tratava de uma adoção e vários outros argumentos surgiram até que chegaram a conclusão de que os pais já haviam repetido tantas vezes a história que a criança acabou decorando.
Após esse momento fizemos a leitura e discutimos os temas:"Variação e normas,Variedades do Português,Empréstimos linguísticos,Língua falada e língua escrita e Modalidades de uso e registros linguísticos" presentes no slide
" Variedades Linguísticas" de Helena Pabst.chegamos a conclusão de que, quanto mais opções o sujeito tiver de uso da língua,mais ele vai poder atuar na sua comunidade e se desenvolver como cidadão.Demos ênfase ao preconceito linguístico como uma forma de discriminação que deve ser enfaticamente combatida.
Trabalhei com os cursistas o texto "Puculando",onde cada dupla deveria reescrevê-lo utilizando outra variante.Foi uma atividade muito rica e prazerosa,pois o texto é muito engraçado.Demos uma pausa para o almoço retomamos nossas atividades as 14:00h.

Iniciamos a oficina 2 com os seguintes questionamentos:
*O que é um texto?
*O que é intertextualidade?
Pude verificar, através das respostas obtidas, que muitos dos cursistas estavam inteirados sobre o assunto.Mas,diante da dificuldade de três dos cursistas resolvi falar mais sobre o assunto citando exemplos bem próximo de nossa realidade.
Passamos a leitura e reflexão do "Ampliando nossas referências" das páginas 123 e 124" História de um conceito" de Graça Paulino, onde pudemos concluir que a linguagem existe a serviço da comunicação e possui função de mediação nas práticas sociais;e que textos não são,somente, aquelas composições tradicionais trabalhadas na escola e sim algo que produzimos diariamente, em todos os momentos em que nos comunicamos, tanto na forma escrita como oral.
Iniciamos os relatos de experiências onde a cursista Neidimar relatou haver trabalhado, com seu alunos de 9ºano,o "Hino Nacional das Propagandas" que faz alusão ao "Hino Nacional Brasileiro".A cursista Marinez trabalhou a imagem de Mona Lisa e suas diversificadas alusões.
Em seguida passei um slide sobre intertextualidade que mostrava vários exemplos. Discutimos o assunto e passamos a atividade de criação onde pedi que os cursistas, em duplas,elaborassem paródias com o tema "As aulas do Gestar".
Após esse momento,lemos e refletimos o texto "Quem não escreve bem perde o trem",onde discutimos que escrever bem é exibicionismo, é simplesmente uma forma de nos encaixarmos em um grupo e com isso fazer parte de um sistema para que não isolemos do meio social.Devemos sempre estar atentos a alguns elementos que são essenciais na comunicação escrita.
Finalizamos nossa oficina com o slide "Ler" de Luiz Fernando Veríssimo.
Adriana Aurora Galvão Alencar

sábado, 21 de novembro de 2009

Projetos


Projeto "Roda de Leitura"





Projeto "O tempo individual e coletivo"


Projeto "Sarau de poesias"


Culminância "Sarau de poesias"

Projetos dos cursistas




" Os educadores experientes não são aqueles que estimulam a transpor as barreiras exteriores, mas os obstáculos secretos. Não são aqueles que transformam seus filhos e alunos em depósito de informações mas os que estimulam seu apetite intelectual e os animam a digerir informações". ( Augusto Cury )



Projetos que estão sendo desenvolvidos:


  • O tempo individual e o tempo coletivo (Escola Municipal Padre Ricardo Tristcheler)

  • Roda de Leitura (Escola Municipal Jovino Lopes da Silva)

  • Sarau de Poesias (Escola Municipal Peter Pan)
  • Banca de revista na Escola (Será desenvolvido em 2010 e englobará toda a rede Municipal de Ensino)

Todos os projetos estão sendo realizados de forma interdisciplinar e com o envolvimento da comunidade(pais de alunos) nas culminâncias.Dentre os listados acima, apenas o sarau de poesias foi culminado até a presente data.O projeto " Banca de Revista na Escola" foi incluido no PDE e será desenvolvido no próximo ano.


Resumo dos Projetos em Geral

Apresentação

Como professores , não podemos desprezar os recursos que a leitura subsidis no exercício da aprendizagem, acerca da diversificação das estratégias de ensino, em convergência com os interesses dos alunos. Estes projetos visam contribuir nesse processo, na poerspectiva de fornecer elementos de escolha que atendam os diferentes níveis de aprendizagem , pertinentes às séries finais do ensino fundamental.

Para garantir a interdisciplinaridade e a relação entre conteúdos,propomos a participação ativa de todos os profissionais das escolas.Assim todos contribuirão com idéias e ações que partam da leitura e extrapolem em seus significados.

Objetivos


  • Ampliar a percepção de mundo, resultante da leitura

  • Despertar a criatividade
  • Desenvolver a conscientização de participação na sociedade, a partir de olhares críticos e atuantes

  • Conhecer, ler e produzir diversificados gêneros textuais para exposições e dramatizações

  • Favorecer iniciativas individuais e coletivas, acolhendo idéias e possibilitando que elas sejam colocadas em prática
  • Promover a participação ativa dos pais na vida escolar de seus filhos

  • Favorecer o intercâmbio escola-comunidade

Avaliação

Os educandos serão avaliados durante todo o processo de ensino aprendizagem.Através da produção e participação ativa dos mesmos.

















sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Oficina de Avaliação do Gestar II em Manga-MG

GESTAR II em Manga-MG

"Projetista fazem canais,

Aqueiros airam flexas,

Artífices modelam a madeira e o barro,

O homem sábio modela-se a sí mesmo."

Buda Gautama Sakyamuni


Hoje pela manhã nos reunimos para a realizaçao da oficina de avaliação.Foi muito gratificante ver que existem muitas pessoas que se empenham em tranformar a educação visando levar o aluno ao pleno exercício de cidadania.
Não contamos com uma frequência muito satisfatória, pois nas escolas da rede estadual os professores estão reunidos para elaboração do PIP(Plano de Intervenção Pedagógica) e a maioria dos professores cursistas também atuam na rede estadual.

Iniciamos nossa oficina com o slide "E tudo mudou" de Luiz Fernando Veríssimo, que revela a diversidade de tranformsções ocorridas em nosso meio que nem sempre são notadas pela sociedade dando ênfase a mudança de "professor" para "facilitador".

Relembramos os objetivos dos cursos de formação continuada, em especial o Gestar II e iniciamos uma avaliação, escrita, das TPs estudadas e posteriormente uma auto-avaliação onde fiz questão de salientar a necessidade de serem autênticos e realistas.

Pude então perceber que o Gestar II está, verdadeiramente, inovando as práticas pedagógicas e certamente contribuirá para alicerçar lentas, mas duradouras transformações na Educação.

Finalizamos nosso encontro com a música de Leninne "Paciência".Fizemos uma breve reflexão sobre a necessidade de sermos pacientes e perseverantes uma vez que os frutos do nosso trabalho são colhidos a longo prazo.

Adriana Aurora Galvão Alencar

domingo, 15 de novembro de 2009

Oficina 10-Unidades 19 e 20 da TP5




A palavra que é escrita




Talvez seja a que mais fala




Traduz o que o peito grita




Sempre que a boca se cala




Miriam P. Carvalho




Iniciamos nossa oficina as 14h com a mensagem "Avance Sempre", Autor Desconhecido, onde refletimos sobre a necessidade de jamais "pararmos" pois , por menor que seja,um avanço na direção certa já é um progresso.

Após esse momento fizemos a leitura e discussão do trecho do livro "A coesão textual" de Ingedore G.V.Koch, onde pudemos perceber a necessidade ,como professores, de mostrar aos nossos alunos os mecanismos de funcionamento de coesão e coerência para que saibam empregar adequadamente cada mecanismo não só para depreender o sentido de um texto como para produzir textos com sentido, estabelecendo uma continuidade entre as partes,de modo a instaurar entre elas uma unidade.Mostrá-los também que a coersão pode auxiliar no estabelecimento da coerência,embora,às vezes,a coesão nem sempre se manifeste explicitamente através de marcas linguísticas, o que faz concluir que pode haver textos coerêntes mesmo que não tenham coesão explicita.
Passamos então para o relato de experiências.Como a frequência na ultima oficina não foi satisfatória,precebí que alguns cursistas estavam meio perdidos,acredito que os "faltosos " nem leram as unidades anteriores da TP.Como não podia deixá-los para trás, fiz uma breve apresentação das unidades anteriores e depois demos continuidade as atividades. A cursista, Elba, relatou que seus alunos tiveram muita dificuldade com o avançando da página 196, que propõe a reconstrução do texto em uma sequência lógica. Sugerí que ela iniciasse com textos menores e que trabalhasse a relação entre as partes de forma detalhada.
Resolvemos, oralmente, algumas atividades da AAA5 onde os cursistas puderam perceber a riqueza de sugestões de atividades em busca de uma aprendizagem significativa.
O cursista,Ednaldo, relatou ter ficado muito surpreso e satisfeito quando seus alunos do 8º ano conseguiram ordenar corretamente as idéias do texto" Uma história sem pé nem cabeça"(AAA5-p.105).Claro que,como estamos cansados de saber, nossos alunos tem muita preguiça em ler.Mas existem algumas palavrinhas mágicas que , rapidinho os tranformam em leitores assíduos.São elas: Vale Ponto...rsrs
Passamos então a atividade prática de elaboração do texto publicitário. Levei diversificadas imagens e pedi que os cursistas mobilizassem seus conhecimentos linguísticos e experiências de forma criativa na elaboração dos textos.Fizemos uma breve análise de alguns textos publicitários enfatizando as articulações,elementos verbais,visuais e negativas.

Após apresentação dos grupos encerramos com o slide "Duas visões" que revela mistérios e apresenta a dicotomia entre os olhos e do olhar humano.Marcamos nossa oficina de avaliação para o dia 21/11.
Adriana A. Galvão Alencar

sábado, 14 de novembro de 2009

Oficina Livre -Seminário "Escola Inclusiva"-Formação da Rede de Apoio a Inclusão

Cronograma de apresentação do Seminário





"Ser humano é entender:
Que a diversidade leva a Unidade,
Que a Unidade leva a Solidariedade,
Que a solidariedade leva a Igualdade,
Que a Igualdade leva a Liberdade.
Que a Liberdade leva a Diversidade
."
Artur George Bourdouan



Participamos de um Seminário que aconteceu na Escola Estadual Presidente Olegário Maciel com o objetivo de organizar, em cada município do Estado, escolas públicas para atender adequadamente os alunos com deficiências e condutas típicas, promovendo ações de capacitação dos professores, acessibilidade arquitetônica e tecnológica nas escolas e formação de uma rede de apoio à inclusão.

Nessa perspectiva, a proposta do governo para a educação prevê uma escola na qual todos façam parte, independentemente de seu talento, deficiência, situação socioeconômica ou nível cultural.

O Seminário teve início as 7:30 h quando a Diretora representante da SRE de Januária fez a abertura, posteriormente,foi lida uma mensagem de Flo Johnasen do "Wolf News".Após esse momento aconteceu uma apresentação organizada pelos professores de Educação Física seguida pela fala da Representante do CONSEP que, após sua esplanação,promoveu um longo debate sobre o tema.

Ao final, pudemos perceber que através da inclusão social e escolar a educação se amplia, acreditando nas diferentes possibilidades e nos diferentes caminhos para a aprendizagem,possibilitando a convivência e o reconhecimento do outro em suas múltiplas dimensões e assumindo a importância das definições e diretrizes para a evolução dos trabalhos escolares.
Adriana A Galvão Alencar

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Implicações da Questão da Variação Linguística para a prática pedagógica


A variação é constitutiva das linguas humanas, ocorrendo em todos os níveis.Ela sempre existiu e sempre existirá, independentemente de qualquer ação normativa.Assim,quando se fala em Língua Portuguesa,está-se falando de uma unidade que se constitui de muitas variedades.Embora,no Brasil haja relativa unidade linguística e apenas uma língua nacional,notam-se diferenças de pronuncia,de emprego de palavras,de morfologia e de construções sintáticas,as quais não somente identificam os falantes de comunidades linguísticas em diferentes regiões,como ainda se multiplicam em uma mesma comunidade de fala.Não existem,portanto,variedades fixas:em um mesmo espaço social convivem mescladas diferentes variedades linguísticas,geralmente associadas a diferentes valores sociais.Mais ainda, em uma sociedade como a brasileira, marcada por intensa movimentação de pessoas e de intercâmbio cultural constante, o que se identifica é o intenso fenômeno de mescla linguística.


O uso de uma ou outra forma de expressão depende, sobretudo, de fatores geográficos,socioeconômicos, de faixa etária, de gênero(sexo),da relação estabelecida entre os falantes e do contexto da fala.A imagem de uma língua única, mais próxima da modalidade escrita da linguagem, subjacente às prescrições normativas da gramática escolar, dos manuais e mesmo dos programas de difusão da mídia sobre o que se deve e o que não se deve falar e escrever, não se sustenta na análise empírica dos usos da língua.


E isso por duas razões básicas.


Em primeiro lugar, está o fato de que ninguém escreve como fala, ainda que em certas circusnstâncias se possa falar um texto previamente escrito( é o que ocorre, por exemplo, no caso de uma conferência,de um discurso formal, dos telejornais) ou mesmo falar tendo por referência padrões próprios da escrita, como em uma exposição de um tema para auditório desconhecido, em uma entrevista, em uma solicitação de serviço junto a pessoas estranhas. Há casos ainda em que a fala ganha contornos ritualizados, como nas cerimônias religiosas, comunicados formais, casamentos, velórios,etc.No dia-a-dia, contudo, a organização da fala,incluindo a escolha de palavras e a organização sintática do discurso, segue padrões significativamente diferentes daqueles que se usam na produção de textos escritos.


Em segundo lugar, está o fato de que, nas sociedades letradas(aquelas que usam intensamente a escrita),há a tendência de tomarem-se as regras estabelecidas para o sistema de escrita como padões de correção de todas as formas linguísticas. Esse fenômeno, que tem na gramática tradicional sua maior espressão, muitas vezes faz com que se confunda falar apropriadamente à situação com falar segundo as regras de bem dizer e escrever, o que, por sua vez, faz com que se aceite a idéia despropositada de que ninguém fala corretamente no Brasil e que se insista em ensinar padrões gramaticais anacrônicos e artificiais.


Tomar a lingua escrita e o que se tem chamado de lingua padrão como objetos privilegiados de ensino-aprendizagem na escola se justifica, na medida em que não faz sentido propor aos alunos que aprendam o que já sabem. Afinal, a aula deve ser o espaço privilegiado de desenvolvimento de capacidades intelectuais e linguística dos alunos, oferecendo-lhes comdições de desenvolvimento de sua competência discursiva.Isso significa aprender a manipular textos escritos variados e adequar o registro oral às situações interlocutivas, o que, em certas circunstâncias, implica usar padrões mais próximos da excrita.


Contudo, não se deve mais insistir na idéia de que o modelo de correção estabelecido pela gramática tradicional seja o nível padrão de lingua ou que corresponda à variedade linguística de prestígio.Há, isso sim, muito preconceito decorrente do valor atribuído às variedades padrão e ao estigma associado às variedades não-padrão, consideradas inferiores ou erradas pela gramática.Essas diferenças não são imediatamente reconhecidas e, quando são, não são objetos de avaliação negativa.


Para cumprir bem a funçao de ensinar a escrita e a lingua padrão, a escola precisa livrar-se de vários mitos: o de que existe uma forma correta de falar, o de que a fala de uma região é melhor do que a de a de outras, o de que a fala correta é a que o português é uma língua dificil, o de que é preciso consertar a fala do aluno para evitar que ele escreva errado.


Essas crenças insustentáveis produziram uma prática de mutilação cultural que,além de desvalorizar a fala que identifica o aluno e sua comunidade, como se esta fosse formada de incapazes, denota desconhecimento de que a escrita de uma língua não corresponde a nenhuma de suas variedades, por mais prestígio que uma delas possa ter. Ainda se ignora um princípio elementar relativo ao desenvolvimento da linguagem: O domínio de outras modalidades de fala e dos padrões de escrita( e mesmo de outras línguas) não se faz substituição, mas por extensão da competência linguística e pela construção ativa de subsistemas gramaticais sobre o sistema já adquirido.


No ensino-aprendizagem de diferentes padrões de falça e de escrita, o que se almeja não é levar os alunos a falar certo, mas permiti-lhes a escolha da forma de fala a utilizar, considerando as características e as condições do contexto de produção, ou seja, é saber adequar os recursos expressivos, a variedade de língua e o estilo às diferentes situações comunicativas:saber coordenar satisfatoriamente o que fala ou escreve e como fazê-lo;saber que modo de expressão é pertinente em função de sua intenção enunciativa - dado o contexto e os interlocutores a quem o texto se dirige. A questão não é de erro, mas de adequação às circunstâncias de uso, de utilização adequada da linguagem.


MEC.Secretaria de Educação Fundamental.Parâmetros Curriculares Nacionais:terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental:lingua portuguesa.Brasília:SEF/MEC,1997,p.29-31.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Visita às escolas...!

Biografias dos alunos (6º ano,CAIC)

Alunos dos cursistas(EMJN)



Atividades da AAA5,brincando com sons,(7º ano CAIC)



Apresentação de histórias em quadrinhos criadas pelos alunos do 8º ano



" O que a vida ensina por meio da experimentação e livre reflexão, a escola tem a oportunidade de organizar e sistematizar, tornando essas experiências conhecimento e instrumento do bem viver."






sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Direito de Sonhar...( ou de fazer diferente)


Sonhemos!!
Esse sonho será real;
Se acreditarmos que se pode sonhar,
Se sonharmos sempre em cescer
E, principalmente, se sonharmos juntos
intrinsicamente ligados,unidos.

Um sonho, dois,três, quatro mil, milhões de sonhos...
Mas os tornaremos realidade um de cada vez
-a seu tempo
-no seu lugar
Com participação, com trabalho,
Com responsabilidade, com clareza de princípios,
Com vontade de transformar, de preferência procurando sempre acertar, e sobretudo com excesso
compartilhar.
Com preço que podemos pagar e ganhar e continuar a sonhar e mudar
Se embriagar de sonhos
Se nadar em sonhos
Se afogar em sonhos
Se transbordar em sonhos,
Se educar em sonhos
E torná-los um a um,coletivamente,realidades!!


Profª Maria de Lourdes F. da Silva Duarte

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

OFICINA 9-Unidades 17 e 18 da TP5

Lindo texto de Machado de Assis



Análise do anúncio publicitário

"Nóis trupica,mas num cai..."


" Para compreender bem um texto não basta soletrar letras,

ler palavras ou frases que o compõem.

É indispensável a insersão cultural do leitor,

por isso alfabetizar é um ato bem maior,

não pode depender apenas da pequenez de uma cartilha."

Hélio Consolaro


Iniciamos nossa oficina com o slide "A importância de Metas claras" de Jean Carlos de Oliveira,que nos levou a refletir que obstáculos são o que encontramos quando tiramos os olhos de nosso objetivo.
Após esse momento iniciamos o estudo do texto "Cada um é cada um" de José Roberto Torero (TP5,p.15), onde analisamos a noção de estilo no domínio da linguagem. Analisamos,também, a letra da música " Loirinha Bombril" de Os Paralamas do Sucesso e o texto " Ai Se Sêsse" de Zé da Luz, Cordel do fogo Encantado.
Passamos então a uma atividade prática sobre coerência textual.
Como sabemos a coerência é um dos fatores de textualidade que permitem fazer de um amontoado de frases um texto; partindo dessa definição distribui aos cursistar o texto fragmentado "Filosofia de um par de botas" de Machado de Assis onde os mesmos deveriam reorganizá-lo coerentemente e, ao final da atividade, expor as estratégias utilizadas.Foi uma atividade muito prazerosa que , segundo eles, será uma das dinâmicas que aplicarão com seus alunos.
Em seguida, passamos aos relatos das atividades propostas pelo avançando na prática.
Como na noite anterior havia acontecido uma festa em homenagem aos professores, a frequência ficou em baixa, mas como "o tempo não para" seguimos a nossa oficina driblando a ressaca dos que ali estavam.
Grande parte da turma aplicou o avançando da página 82 que trabalha a coerência através de jogos com montagens de imagens galgando pistas.
A professora Simone relatou que dividiu a turma em grupos onde os próprios alunos escolheram e fragmentaram as imagens para os demais grupos. Diz ter sido uma competição acirrada para ver quem montava mais rápido e corretamente.
Iniciamos então a atividade de análise do texto publicitário da página 255 onde os cursitas, ao final da atividade, registraram suas observações em papel pardo(foto 2).
Finalizamos nossa oficina com o slide " A canoa" de Paulo Freire que nos coloca uma belíssima mensagem:

"Não há saber mais ou saber menos. Há saberes diferentes."


Adriana Aurora Galvão Alencar









terça-feira, 13 de outubro de 2009

Oficina 8- Mergulho no texto

Socialização do avançando na prática

Viajar pela leitura

sem rumo,sem intenção.

Só pra viver a aventura

que é ter o livro nas mãos.

É uma pena que so saiba disso

quem gosta de ler.

Experimente!

Assim sem compromisso,

você vai me entender

Mergulhe de cabeça

na imaginação!

Clarice Pacheco



Nos reunimos no último dia 10 para realização da oficina 8 que contempla as unidades 15 e 16 da TP4, com o objetivo de refletir sobre o processo de construção da leitura e da escrita bem como trabalhar as diversas dimensões textuais e estratégias de leitura.

Iniciamos com o slide "O vôo dos falcões",Blandine Faustine;uma bela mensagem que nos instiga a libertarmos das "gaiolas" e tornarmos falcões e condores do céu.

Em seguida comentamos o slide "A construção da escrita e da leitura",Kátia Martins.Onde percebemos a grande necessidade de levar o nosso aluno a galgar todos os níveis de leitura para que possam interagir com os textos. Para exemplificar uma aula de leitura elaborei e trabalhei com os cursistas o texto "As longas colheres",Nícia Grilo.Onde simulamos a pausa protocolada com vários momentos de intervenção pedagógica para levá-los a interagirem com o texto e ao mesmo tempo tornar a leitura um ato de prazer. Ao final dessa atividades fizemos uma breve avaliação onde pudemos perceber o quanto é fácil e prazeroso trabalhar leitura com nossos alunos.

Passamos então aos relatos dos avançando.A cursista Elba relatou a grande dificuldade que tem em trabalhar leitura,uma vez que alguns alunos se rejeitam a ler. Ressaltei então a importancia de trabalhar em sala de aula diversificados gêneros que tratam o mesmo assunto para levar os alunos a construirem um repertório de informações variadas para que seu ponto de vista seja ampliado. Acredito que essa diversidade motivará esses alunos desinteressados a optarem por algum dos textos propostos. A maioria dos cursistas desenvolveram o avançando das páginas 194,195 e 196, onde relataram ter sido um pouco complicado no início,mas o final foi muito divertido ver os alunos criando cartões postais.A atividade foi tão bem aceita pelos alunos que a caixinha de correspondências continua na ativa pelos corredores das escolas.

Em seguida os cursistas foram divididos em trios para que pudessem desenvolver a atividade das páginas 220 e 221 da TP em estudo, onde deveriam criar um texto persuasivo sobre as imagens sugeridas e situações que ingressassem os alunos num processo de produção,gradativa, de textos. O momento de descontração ficou por conta dos colegas cursistas quando não identificaram nossa profissão dentre as crianças.Começaram então a levantar hipóteses sobre o possível desinteresse das crianças.Disse a eles que era aquilo que estavam fazendo o nosso maior objetivo em sala de aula:Levar nossos alunos a interferirem criticamente sobre os diversos textos.

Após as apresentações dos cursistas,finalizamos nosso encontro com o slide "Ouse" ,que destaca a importância do " tentar" uma vez que as tentativas nos revelam o quanto somos capazes e até onde podemos chegar.


Adriana Aurora Galvão Alencar

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Oficina 7-Leitura, escrita e cultura

Ai,palavras,ai,palavras

sois de vento,ides no vento,

no vento que não retorna

e,em tão rápida existência

tudo se forma e transforma!

(Cecília Meireles)



No dia 26/09/2009,realizamos a oficina 7 das unidades 13 e 14 da TP4.
Iniciamos com uma linda mensagem de motivação "Águia história de vida"que destaca o comportamento que devemos ter diante das dificuldades; uma espécie de vôo da Renovação.Após esse rico momento apresentei aos cursistas o slide "Poesia e Letramento", Magda Soares e iniciamos uma reflexão sobre como estamos,como educadores,guiando nossos alunos a efetivos exercícios de letramento,uma vez que não basta que os nossos alunos saibam ler e escrever,é preciso que se tornem capazes de exercitar habilidades,atitudes e conhecimentos de leitura e escrita envolvidos em diversas práticas sociais.
Refletimos também o papel da escola em formar o sujeito capaz de, em diferentes situações de uso da língua, interagir com as pessoas e resolver problemas cotidianos.
Iniciamos então os relatos de experiências sobre a aplicação do avançando na prática,nessa oficina não contamos com um número significativo de cursistas,acredito que devido ao atraso do início do 2º semestre,pois as escolas tiveram que rever seus calendários e infelizmente os sábados entrarão nas reposições,mas como não podemos deixar de realizar nossas oficinas chegamos a conclusão de que não alteraremos nossas oficinas.Com uma quantidade menor de cursistas foi possivel que cada um relatasse sua aula prática.
O avançando mais aplicado foi o da página 50 ,onde foi trabalhado o aniversário da cidade de Manga que acontecerá no dia 19/10.A professora Simone dividiu sua turma de 7º ano em três grupos para que redigissem convites e, depois, reportagens nos tempos presente,pretérito e futuro.
Após esse momento os cursistas foram divididos de acordo com a série em que trabalham para fazerem a transposição didática do poema"Cidadezinha qualquer" de Carlos Drummond de Andrade.Ao final cada grupo escolheu um relator para apresentar as sugestões de atividades.Foi um momento muito rico de sugestões que foram desde a confecção de cartazes a análise das palavras utilizadas pelo eu-poético.
Fizemos uma pequena análise do texto e chegamos a conclusão de que a cidadezinha qualquer descrita por Drummond não é tão diferente da nossa, principalmente quando se refere aos "olhares nas janelas..."Para finalizar, pedi que os cursistas estudassem as unidades 15 e 16,analisassem o termo "mergulho no texto" e escolhessem um avançando para socializarmos no próximo encontro e encerramos com a mensagem "O anel".

Adriana A. Galvão Alencar

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Um dos textos criados pelos cursistas(Texto base "A moça tecelã")

Desilusão

Izercina e Edvaldo


Acordava

Sentava

Teava



Linha clara

Começa o dia

Delicado traço

cor da luz



Dias frios...

Fios dourados tecia

E o sol aparecia



Tecia

Comia

Bebia

Dormia...

Era tudo que fazia



Queria companhia

Um Marido ela tecia



O marido queria,queria...

Ela tecia,tecia...

Agora tinha companhia

Mas entristecia



A neve caia

Anoite chegava

Ela tecia e entristecia





Sem descanso tecia

Luxos,cofres,moedas

Tecia e entristecia



A tristeza crescia

Compainha,não mais queria



O marido dormia

Ela tecia

Não precisava mais de linha



Destecia...

Luxos,cofres,moedas

Palácios,jardins,criados

Destecer é o que fazia



A noite findava

O marido acordava

Não havia mais tempo



Destecia...

Os sapatos desfazia

Tudo desfazia

Não tinha mais compainha

A tristeza desaparecia



Acordava

Sentava

Teava



Agora

Nada lhe faltava.













Oficina 6

Cursistas(Izercina e Ednaldo)apresentando um poema



Cursistas(Kamila e Patrocínia)apresentando uma noticia de jornal

No dia 19/09/2009,nos reunimos para refletirmos sobre a inter-relação entre gêneros e tipos textuais.Iniciamos com o slide "O carteiro chegou" de Janet & Allan Ahlberg, onde refletimos a intertextualidade, intergenericidade e heterogeneidade presentes no texto.´No início me sentí como se estivesse falando outra língua,pois grande parte dos cursistas desconheciam estes termos.Também percebí que ficaram surpresos com os tipos preditivo e injuntivo, relataram nomear tipos descritivos, narrativos e dissertativos. Como percebí uma certa dificuldade,partimos para uma dinâmica com o texto "A moça tecelâ" de Clarice Lispector, onde a turma foi dividida em grupos para que transpusessem o texto em outros gêneros. Os resultados foram formidáveis, percebí que a dificuldade era quanto as nomenclaturas pois já carregavam uma bagagem muito rica e diversificada acerca de gêneros textuais.Após as apresentações dos textos os cursistas ficaram mais motivados às reflexões.Algo que percebí de imediato foi que alguns nem leram a TP3,aproveitavam os ganchos dos colegas e falavam um pouquinho.Para resolver esse impasse decidimos que a partir do próximo encontro estudaremos juntos as unidades nas oficinas e faremos os relatos dos avançando das Unidades anteriores, isso garantirá a leitura e reflexão.Apenas 4 dos cursistas presentes aplicaram o avançando na prática da página 115 nas turmas de 9º ano,onde relataram a dificuldade dos alunos em buscar informações relevantes nos manuais de instrução e identificarem que as sequencias tipológicas injuntivas tem o objetivo de instruir o leitor para que executem certas ações.Após os relatos a turma foi,novamente dividida em dois grupos para analisarem a crônica de Jô Soares,pag.195 da TP3.Discutimos os recursos utilizados pelo humorista para dar idéia de que o texto fora escrito por um aluno tais como: texto apresentado numa folha de caderno e presença de algumas rasuras próprias de redações de jovens estudantes.Quanto a transposição didática surgiram várias sugestões dentre as quais: trabalhar sobre a cesta básica,os alimentos que a compõem,a relevância desses alimentos para a saúde e desenvolvimento do ser humano,variações de valor da cesta básica em cada região etc.Após essa atividade fiz um breve comentário sobre letramento e deixei um questionamento para que pudéssemos discutí-lo na próxima oficina.



SOMOS TODOS LETRADOS NESTA SALA OU VIVEMOS EM UM PAÍS LETRADO?



Finalizamos nosso encontro com o slide "Atritos" de Roberto Trema, que ressalta a necessidade de nos atritarmos para que floresça em nós a atitude de mudança.
Adriana A. Galvão Alencar

domingo, 13 de setembro de 2009

Socialização da oficina 5 e orientação para elaboração do projeto

"Um mundo sem poesia é o mais triste dos mundos."
José Paulo Paes
Nos reunimos mais uma vez para concluir as atividades do avançando na prática,propostas pelas unidades 9 e 10 da TP3.
Iniciei a oficina com a reflexão(slide) do texto " Atravessando o rio",com o obejtivo de analisar comportamentos de individualidade,pois percebí uma discreta discriminação por parte de alguns colegas com maior tempo de regência em relação aos recém formados.
Após esse momento,"puxão de orelhas",iniciamos a socialização através de relatos de experiências e apresentação dos relatórios.
Não sei se pela facilidade e adequação ao tempo, os cursistas aplicaram o avançando da página 25 sobre o gênero biografia, tendo como referência básica a biografia de Carlos Drummond de Andrade.
Algumas cursistas salientaram a dificuldade que os alunos tiveram em escrever sua biografia em 3ª pessoa,causando certo tumulto na aula pois eles misturavam as pessoas do discurso.
Uma das cursistas salientou também que alguns alunos demostraram certa resistência em relatar, por escrito, suas particularidades.Refletimos outras formas que poderiam ser trabalhadas o avançando, por exemplo,para contornar a dificuldade em escrever em 3ª pessoa sobre sí próprios; sugerí que numa outra oportunidade, os alunos fossem divididos em duplas onde levantariam dados relevantes sobre seu colega,através de entrevistas, e escreveriam então a biografia do mesmo,também poderiam trabalhar o tema retirando o nome de um artista para levar o aluno a levantar hipóteses baseando-se em dados sobre a vida dele e tentar descobrir a quem se refere o determinado texto.
Após esse momento demos uma pausa de 2 horas para o almoço e quando retornamos conversamos sobre a flexibilidade e variação dos gêneros segundo a necessidade de comunicação onde o definimos através da situação sociocomunicativa .A turma foi então dividida em dois grupos para que elaborassem atividades relacionadas aos textos 1( "poema tirado de uma noticia de jornal" de Manuel Bandeira) e 2( Música"Bom dia" de Gil e Milton).O primeiro grupo destacou que o gênero "poema" faz referência a outro gênero"notícia" e elaborou atividades fazendo essa comparação trabalhando os dois gêneros concomitantes. O segundo grupo elaborou atividades relacionadas a rima e ritmo associadas ao mundo do trabalhador;também sugeriram outras canções que fazem alusão ao tema trabalho,destacaram também as melodias como diferentes manisfestações do gênero poético.
Encerrei o estudo das uniddades, já citadas, salientando a importânvcia de se trabalhar o gênero poético,uma vez que se trata de um refinadíssimo trabalho com as palavras e não se limita aos livros de poesia .
Distribuí então as instruções para elaboração do projeto onde fizemos uma leitura minunciosa das páginas 51 e 52 do guia geral esclarecendo todas as dúvidas surgidas durante a leitura.
Após esse momento de reflexão sobre o projeto, levantei alguns questionamentos com o foco em tipologia textual, que será assunto da nossa próxima oficina. Orientei então, a leitura das unidades 11 e 12 e a possibilidade de escolha e aplicação do próximo avançado para socializá-la na oficina do dia 19.
Adriana A. Galvão Alencar

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Recomeço...

Esclarecendo sobre o portifólio -Oficina 5

Reiniciamos nossas atividades no dia 31/08/2009 com uma nova turma de cursistas pois, a turma que participou das oficinas introdutórias era composta por professores efetivos do 1º ao 5º ano que estavam ocupando cargos de língua portuguesa por não haver funcionários efetivos no conteúdo.
Tive então que replanejar a oficina e iniciar esplanando a proposta do Gestar II e seus objetivos,assim como as instruções para a montagem do portifólio dos cursistas e o projeto a ser desenvolvido por eles.
Iniciamos com a reflexão sobre o slide "As sementes", onde as sementes lançadas são aqui representadas pela
metodologia que o programa nos proporciona .
A turma é composta por 15 cursistas com pouco tempo de sala de aula,alguns acabaram de concluir a graduação.
Como o material já havia sido entregue, iniciamos o estudo das unidades 9 e 10 da TP3.
Iniciei então a dinâmica com os envelopes de linguagem onde a turma foi dividida em grupos para analisarem e apresentarem as seguintes questões:


  • O gênero dos textos;

  • Aonde eles circulam;

  • A que público se destinam;

  • Como poderiam ser trabalhados em sala de aula

Após as apresentações refletimos sobre o quanto o ensino sobre gêneros textuais é aplicado equivocadamente por alguns professores de língua portuguesa, especialmente aqueles que fazem com que seus alunos escrevam para o único fim de conseguir notas.Chegamos a conclusão de que os alunos deveriam ser instigados a escrever dando a seu texto uma função social pois quando alguém escreve uma carta ,é porque outra pessoa vai recebê-la;quando alguém redige uma notícia,é porque muitos vão lê-la;quando alguém produz uma crônica, um conto ou um romance, é porque espera emocionar,provocar ou simplesmente entreter diversos leitores. E isso é perfeitamente possivel de fazer na escola: a carta pode ser enviada para amigos, parentes ou colegas de outras turmas; a notícia pode ser divulgada no jornal distribuido internamente ou transformado em mural e o texto literário pode ser transformado em um livro coletivo pela turma.


Nesse momento lemos e analisamos o texto "Gaiolas e Asas" de Rubem Alves e percebemos a necessidade de incentivar nossos alunos a buscarem novas estratégias de vôo.


Como muitos dos cursistas não estavam presentes na última oficina, não receberam as instruções sobre o avançando na prática (apenas 5 aplicaram) , resolvemos deixar os relatos de experiência e dúvidas para o próximo encontro, onde também discutiremos as unidades 11 e 12 e sobre a elaboração e execução do projeto.


terça-feira, 9 de junho de 2009

Milho de Pipoca

Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre.
Rubem Alves


Assim acontece com a gente.
As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.
Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira.
São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa.
Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.
Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor.
Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder emprego ou ficar pobre.
Pode ser fogo de dentro: pânico, MEDO, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo!
Sem fogo o sofrimento diminui.
Com isso, a possibilidade da grande transformação também.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer.
Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si.
Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela.
A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM!
E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.
Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar.
São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar.
Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.
A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura.
No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira.
Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva.
Não vão dar alegria para ninguém.


domingo, 7 de junho de 2009

Lá vamos Nós...


Finalmente demos início ao GestarII em Manga.


No dia 06/06/2009 realizamos as oficinas introdutórias com duração de 8h.
Em nosso 1º encontro contamos com a participação da secretária de educação e coordenadora do Gestar II e dos professores formadores e cursistas de língua portuguesa e matemática da rede municipal de ensino de Manga.
Aos professores presentes foram colocados a importância e fundamentos do Gestar II.
No período matutivo permaneceram, na mesma sala, os professores das duas disciplinas acima citadas porém, no período vespertino, os professores foram separados por disciplina para darmos início às reflexões.
Nossa turma é composta por 16 professores cursistas.
Iniciamos com uma reflexão sobre o texto "Milho de Pipoca" de Rubem Alves.Foi muita rica e prazerosa nossas discussões, uma vez que nos levou a analisar nosso papel de educador e de seres humanos em constante tranformação, onde o fogo representa os desafios da nossa profissão que nos impulsiona a buscar o Novo.
Após este momento, realizamos a distribuição do material.
No início os professores se assustaram com a quantidade de livros pois imaginavam conter alí vários textos teóricos.
Na medida que começaram a manuseá-los perceberam que na verdade são várias sugestões de aulas dinâmicas e criativas com o intuito de auxiliá-los em busca de uma educação significativa.
Claro que alguns ainda manifestaram certa resistência ao material ( os piruás, do texto de Rubem Alves) mas, a maioria gostou do conteúdo das TPs e AAs.
Pedi ,então, que lessem a TP3 para que no próximo encontro pudéssemos discutir seu conteúdo.Também falei sobre o portifólio,que cada um terá que fazer.
Para finalizar apresentamos o slide "Tua Caminhada" de Charles Chaplin fizemos uma breve análise e encerramos nosso 1º encontro.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Cronograma do Gestar II- Ufa! Finalmente...

06/06/2009 -Oficinas Introdutórias- 8h (Apresentação do Gestar II -Guia Geral)
31/08/2009 - Oficina 5 - 4h
12/09/2009 - Oficina 5( conclusão de atividades) e orientação para elaboração do projeto - 8h
19/09/2009 - Oficina 6 e acompanhamento do projeto - 8h
26/09/2009 - Oficina 7 e oficina livre - 8h
03/10/2009 - Oficina 8 e orientação para elaboração do projeto - 8h
10/10/2009 - Oficina 9 e Oficina de avaliação - 8h
17/10/2009 - Orientação para elaboração e implementação do projeto - 8h
24/10/2009 - Oficina 10 e oficina live - 8h
31/10/2009 - Oficina 11 e orientação e acompanhamento do projeto - 8h
07/11/2009 - Oficina 12 - 4h
14/11/2009 - Oficina 1 e oficina 2 - 8h
21/11/2009 - Oficina 3 e oficina livre- 8h
05/12/2009 - Orientação e acompanhamento da evolução do projeto - 8h
12/12/2009 - Oficina 4 e orientação para elaboração do relatório de aplicação do projeto - 8h
19/12/2009- Oficina livre e oficina de avaliação- 8h

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Memorial de leitura

Ingressei no mundo da leitura aos 7 anos,quando fui alfabetizada.
Lembro-me que, para conseguir ler meus livros favoritos, tinha que subir no velho pé de pinha que fica nos fundos da casa de minha mãe, pois minhas irmãs mais novas sempre choravam para me tomar os livros e,como sou a "maiorzona",como dizia minha mãe, sempre tinha que ceder aos caprichos delas.
O 1º livro que lí foi " Quem tem medo de escuro ?" de Fanny Joly, aliás lí quase todos que indagavam sobre nossos medos.Através deles conseguia me livar de tantos medos que tinha.
Quando estava cursando a sétima série me apaixonei pelas obras de José de Alencar, especialmente pelo livro "O Guaraní". Lí tantas vezes que decorei toda a história.
Aquela era a idade dos flertes proibidos pela pouca idade. Então conseguia comparar essa situação ao relacionamento dos personagens Peri e Ceci. Quantas vezes sonhei com outro final para aquela história e ,quase sempre, era eu a personagem principal !
Certo dia minha professora de Língua Portuguesa deu-nos um texto para interpretar e as perguntas estavam incoerentes com o fragmento apresentado por ela. Não conseguiamos encontrar as respostas e a mesma nos deu um prazo de 10 dias para entregarmos o trabalho que valeria quase metade do bimestre escolar. Caí na besteira de dizer para ela que não estava conseguindo resolver a atividade proposta.Ela simplesmente me respondeu que por isso levava o nome de "trabalho".Fiquei indignada e procurei pelo livro até que encontrei-o.Era uma obra de Adonias Filho,"Luanda Beira Bahia", lindo de se ler. Devorei o em um dia e fiquei maravilhada com a história de Caúla, personagem principal. Carregava aquele trabalho como um troféu, pois me levou a buscar soluções diante daquela dificuldade proposta.
Na faculdade, então, foi uma correria só.Tinha um excelente professor de literatura que me incentivou a ler diversificadas obras dentre as quais as obras e contos Machadianos, ficava desesperada com tanta cobrança, muitas vezes nem conseguia concluir uma leitura já me indicava outra.
E foi assim que comecei a ler, sendo muitas vezes desafiada e, graças a esses desafios,tornei-me uma leitora .
Hoje acredito que, através da leitura, podemos nos distanciar dos fatos e questionar a realidade com uma postura crítica, não correndo o risco de perder a cidadania em meio à comunidade letrada.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Memorial Profissional

Iniciei na carreira de magistério em 1998 trabalhando nos anos iniciais do ensino fundamental. No inicio acredito que não era bem o que eu queria fazer mas, com o passar do tempo, motivada pela carência afetiva e educacional de meus alunos, descobrí que não poderia ter escolhido melhor profissão. Em 2001 concluí o curso de Normal Superior pela UNIMONTES(Universidade Estadual de Montes Claros).Uma ex professora de Língua Portuguesa, alguém que muito admiro, me motivou a ingressar no curso de Letras.Comecei então a fazer Letras pela UNOESTE(Universidade do Oeste Paulista) mais de 1000km distante de casa, pois moro no Norte de Minas. Cursei os 4 primeiros períodos e conseguí a transferência para a FCJP(Faculdade Cidade de João Pinheiro) onde concluí o curso em 2007.Há dois anos trabalho com Língua Portuguesa e Inglesa do 6º ao 9º ano.Diante de todas as dificuldades enfrentadas,percebo que não podemos ter a pretenção apenas de preparar alunos para a vida, pois não possuímos o poder de adivinhar o futuro, porém devemos orientá-los para que, em situações imprevisíveis, eles sejam capazes de processar alternativas. Devemos conduzí-los a aprender diferentes formas de andar, mas não temos o direito de carregá-los nas costas. Só assim nos conscientizaremos de que educar não é ensinar,é aprender.

sábado, 4 de abril de 2009

Para refletir

Podemos acreditar que tudo que a vida nos oferecerá no futuro é repetir o que fizemos ontem e hoje. Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual a outro. Cada manhã traz uma benção escondida; uma benção que só serve para esse dia e que não se pode guardar nem desaproveitar.Se não usamos este milagre hoje, ele vai se perder.Este milagre está nos detalhes do cotidiano; é preciso viver cada minuto porque ali encontramos a saída de nossas confusões, a alegria de nossos bons momentos, a pista correta para a decisão que tomaremos.Nunca podemos deixar que cada dia pareça igual ao anterior porque todos os dias são diferentes, porque estamos em constante processo de mudança.
Paulo Coelho