O conhecimento
Caminha lento feito lagarta
Primeiro não sabe que sabe
E voraz contenta-se com o cotidiano
orvalho
Deixado nas folhas vívidas das manhãs
Depois pensa que sabe
E se fecha em sí mesmo:
Faz muralhas
Cava trincheiras,
Ergue barricadas.
Defendendo o que pensa saber
Levanta certeza na forma de muro
Orgulha-se de ser casulo.
Até que maduro
Explode em Voos
Rindo do tempo que imaginava saber
Ou guardava preso o que sabia.
Voa alto sua ousadia
Reconhecendo o suor dos séculos
No orvalho de cada dia.
Mesmo o voo mais belo
Descobre um dia não ser eterno.
É tempo de acasalar
Voltar à terra com seus ovos
Á espera de novas e prosaicas lagartas.
O conhecimento é assim
Rí de si mesmo
E de suas certezas.
É meta de forma
Metamorfose
Movimento
Fluir do tempo
Que tanto cria como arrasa
É preciso tanto o casulo
Como a asa.
Mauro Lasi
Olá, Adriana!
ResponderExcluirTerminei de avaliar o seu blog, como sempre rico de textos, de experiências, de partilhas e de muitos aprendizados!
Parabéns pela construção de sua tarefa/missão de ser formadora do Gestar II em seu município e por construir, juntamente com os colegas que tem, um ensino de língua portuguesa eficaz e eficiente!
Em breve, enviarei para o seu e-mail detalhes da minha avaliação.
Um abraço fraterno.